terça-feira, 26 de agosto de 2008

MULHERES DO RIO DO FOGO


MULHERES DO RIO DO FOGO
Existe um encontro diário entre o mar
E as mulheres do Rio do Fogo.
O mar oferece algas marinhas,
as mulheres as buscam na praia.

Pela praia, elas seguem catandoas
algas e cantando mágoas.
O mar responde
com o murmúrio das ondas.

A música delas fala da vida,
de seus problemas e dilemas.
A sinfonia do mar é acalanto.
As algas são importantes para as mulheres.

As mulheres são vitais para o mar.
Dia após dia, maré após maré,
o mar não descansa,
e as mulheres não cansam.

As mulheres tiram
das águas seus sustentos.
O mar recebe, em troca,
a companhia amiga.

Algumas esperam, na mesma praia,
que o mar devolva seus companheiros.
E eles voltam, crestados pelo sol.
com peixes e saudades.

Chamam-nas “marisqueiras”.
Marisqueiras da praia do Rio do Fogo.

Mas, em verdade, em verdade,
elas são mulheres! Mulheres valentes!
Mulheres do Mar, do Rio, do Fogo.

David de Medeiros Leite
Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2007Código do texto: T742069

CABEÇO AMARELO


O Cabeço Amarelo é um recife situado na "Risca do Zumbi", uma grande formação recifal que percorre quilômetros do litoral submerso. Em alguns pontos os recifes são mais evidentes, formando grandes bancos de baixa profundidade ideais para a prática do mergulho autônomo. A grande atração do Cabeço Amarelo são suas cavernas. Inúmeras esponjas de várias espécies encobrem os recifes, produzindo um colorido de grande beleza. A profundidade varia de 10 a 14m, e a visibilidade da água é normalmente de 15 a 30m no verão. Uma grande bóia comporta um pequeno farol que sinaliza o local e protege os navegadores.

FONTE: http://www.maraberto.jpa.com.br/pontos.html

terça-feira, 19 de agosto de 2008

RIO DO FOGO: NAUFRÁGIO DO NAVIO SÃO LUIZ


Nome do Navio: São Luiz

Nacionalidade: Brasileira

Estaleiro: D. & W. Henderson Ltd - Glasgow

Armador: Companhia de Comércio e Navegação

Comprimento: 113,4 metros - Boca: 12 metros

Tipo de embarcação: Cargueiro

Material de casco: aço - Propulsão: hélice


Em setembro de 1882, com o nome de S. S. Nubia, este navio foi lançado em Glasgow para a armadora Anchor Line's, sendo imediatamente colocado no serviço para a India. Em novembro de 1882 seguiu em viagem inaugural de Glasgow para Bombaim, com escala em Liverpool. Em Agosto de 1906, já bastante desgastado, foi vendido para a Companhia de Comércio e Navegação do Brasil e finalmente renomeado São Luiz.

Em janeiro de 1911, o vapor São Luiz descendo a costa de Areia branca/RN com 6.780 fardos de algodão e 4.000 toneladas de sal, chocou-se com a Risca de Zumbi (conjunto de arrecifes rasos), ainda não assinalada nas cartas náuticas da época. Toda a tripulação abandonou o navio a bordo dos escaleres, chegando no dia seguinte em segurança a Natal, RN.

O navio encontra-se naufragado entre Pititinga e Rio do Fogo, na Risca de Zumbi, 13,4 milhas da praia de Rio do Fogo. Com latitude de 05º 16.333' e longitude de 035º 09.430'west, tendo a profundidade mínima de 18 metros e a máxima de 27 metros.

O São Luiz está apoiado no fundo, já em estado avançado de desmanche, mas os destroços estão alinhados como na estrutura do navio.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

NAUFRÁGIO DO NAVIO COMMANDANTE PESSOA


O navio foi construido pela American International Shipbilding Company originalmente sob o nº 64 da série 122 e era conhecido como Hog Islanders. Sendo lançado em 1919 como Cliffwood e entregue para o gerenciamento da armada americana Southern States Lines, onde serviu por 10 anos seguidos servindo rotas da América Central.

Em 1930, 11 anos depois de lançado, o Cliffwood foi adquirido pela American Scantic Lines. O navio foi então reformado ligeiramente e empregado na linha entre Nova Iorque-Copenhague e portos do Mar Báltico. No final da década de 30 foi rebatizado com o nome de Mormacsea.

Em outubro de 1939 o governo Brasileiro, em um plano de revitalização da navegação do Brasil, financiou ao Lloyde Brasileiro a compra de treze navio da série Hog Islanderes, onde estava incluido o navio Cliffwood, ele possuia uma tonelagem bruta entre 5.400 e 5.800 toneladas. Era do tipo de desenho clássico, com três castelos, uma única chaminé, e dois mastros com 11 páus-de-carga. O casco era dividido em dois decks e cinco porões. O maquinário era construído por uma turbina-a-vapor e uma única hélice, permitindo velocidades de cruzeiro próximas a 10 nós.

Em 1940 o navio é vendido ao Lloyde Brasileiro e rebatizado Commandante Pessoa.

Naufrágio:

A meia noite do dia 04 de maio de 1954 o navio, que procedia de Areia Branca/RN, com um carregamento de sal, destinado ao Recife, chocou-se com um arrecife ao largo do Cabo de São Roque conhecido com Risca de Zumbi, no mesmo estado e permaneceu encalhado.

Após o encalhe foi emitido um pedido de socorro, respondido pelo petroleiro inglês San Salvador que seguia para cucaçao.

O petroleiro logo se cercou do local do acidente. Com o amanhecer, 32 dos 46 tripulantes foram passados ao San Salvador, permanecendo a bordo o comandante Borges e 13 auxiliares.

A marinha enviou o caça submarino Piranha e o rebocador Triunfo para auxiliar no salvamento.

A FAB enviou de Natal um avião, que ao regressar comunicou que o navio estava sendo rebocado. Cada ves mais alagado, os últimos tripulantes passaram ao navio auxiliar Pirangi, não havendo vítimas.

O Commandante Pessoa rompeu o primeiro porào e a praça de máquina, devendo ter recebido muita água junto à carga de sal, o que agravou sua condição de flutuabilidade, o cargueiro estava irremediavelmente perdido, naufragando pela madrugada.

O navio teve seu afundamento em 02 de setembro de 1954 estando localizado a 12,2 milhas da praia de Rio do Fogo, com latitude de 05º 08.723' Sul e longitude de 035º 13.104'. Com profundidade mínima de 22 metros e a máxima de 27 metros.

O navio vai desde sua parte mais alta (a proa) a 12m de profundidade, até o fundo de areia branca, a 24m. Parte do navio está semi inteira, com um grande porão de único vão onde podem entrar mergulhadores. O grande costado serve de substrato para inúmeros organismos vivos crescerem, dos quais se destacam grandes esponjas amarelas. A visibilidade é muito boa (cerca de 30m no verão) e a temperatura da água gira em torno dos 28ºC.


Referencia:http://www.naufragiosdobrasil.com.br/naufcomandpessoa.htm (acesso em 06 de agosto de 2008).