Rio do Fogo meu recreio amigo
De morros brancos e belos coqueirais
Em alta noite eu sonhei contigo
Vertendo prantos por não ti ver mais
Quando acordei o sonho era ilusão
Maldito sonho que robou-me a calma
Me vi quase morto de aflição
Em desespero a minha pobre alma
Recordo ainda os dias ventuosos
Em teu parracho de águas mult'cores
Linda praieira de olhos velhos idosos
Na capela de teu povoado
De mãos postas em gestos suplicantes
Olhando os seus filhos em pecados
Nossa senhora mãe dos navegantes
Autor: José Porto Filho