terça-feira, 21 de maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

"Eu já tinha desistido de viver", diz náufrago resgatado no RN

Os tripulantes do barco Santa Clara - que naufragou no litoral do Rio Grande do Norte neste domingo (5) -, relataram ao G1 os momentos de desespero que passaram enquanto esperavam pelo resgate. John Anderson de Sousa, de 27 anos, e um companheiro de barco nadaram por mais de cinco horas tentando chegar à costa, enquanto Evanildo Gouveia, de 45 anos, e Luiz Manoel Melo, 39, aguardaram o resgate na embarcação. "Eu já tinha desistido de viver quando o salvamento chegou", disse John Anderson.

Ele contou que o barco saiu de Natal às 8h da manhã de domingo e a previsão de retorno era meia-noite. Por volta das 20h, o barco bateu nos parrachos de Maracajaú. "Tentamos contato através do rádio com a Capitania dos Portos, mas ninguém nos atendeu. Conseguimos falar com uma embarcação do Rio Grande do Sul que estava na região, mas eles disseram que não conheciam o local e que se viessem nos resgatar poderiam bater nos parrachos também", disse.

O comandante do barco, Evanildo Gouveia, conseguiu avisar, por celular, sua esposa e o filho do proprietário do barco. "Eles eram os únicos em terra firme que sabiam do naufrágio", contou.
Por volta das 4h30 da manhã desta segunda-feira, John Anderson decidiu tentar ir até a costa a nado. "Deixamos os dois tripulantes mais velhos no barco que ainda estava afundando e eu e outro tripulante pulamos no mar com colete salva-vidas e uma boia para tentar chegar à costa", relatou.

Eles nadaram mais de cinco horas e não conseguiram chegar em terra firme. "A gente estava cansado, com frio e com muita sede. Já tínhamos desistido de tentar chegar à costa. Eu só pensava na minha mãe, na minha família, não tinha mais esperança", contou.

O helicóptero da Polícia Militar Potiguar I localizou os náufragos por volta das 10h30 desta segunda-feira. John Anderson e os outros três tripulantes foram resgatados e passam bem.

Naufrágio
A embarcação partiu do rio Potengi, em Natal, na noite deste domingo e deveria retornar ao mesmo ponto meia-noite. Entre Maracajaú e Rio do Fogo o navio teria se chocado com um rochedo e naufragado. A Capitania dos Portos acionou a Polícia Militar por volta das 7h30 da manhã e a equipe do helicópetro Potiguar I começou as buscas em seguida.

Quatro pescadores são resgatados após naufrágio em Rio do Fogo

Quatro tripulantes da pequena embarcação Santa Clara foram resgatados próximo aos parrachos de Rio do Fogo após naufrágio, ocorrido entre Rio do Fogo e Maracajaú na noite desse domingo (5). De acordo com o capitão Rodolfo, capitão dos Portos do Rio Grande do Norte, estavam no barco Ivonildo de Lima Gouveia, Carlos Antônio da Silva e outros dois identificados apenas pelos apelidos de Ninho e Cachorrinho. Segundo a Colônia de Pesca de Natal, todos estão bem.

O acidente teria ocorrido no início da noite, após uma colisão entre a embarcação e os parrachos de Rio do Fogo. A falta de luminosidade pode ter sido um dos fatores que contribuíram para o naufrágio. De acordo com o capitão dos Portos do RN, a Capitania foi notificada sobre o acidente na noite de ontem (5) e acionou o helicóptero da PM, Potiguar I, para ajudar na busca. 

Segundo capitão Rodolfo, "o acidente ocorreu entre as 19h e 20h de ontem e, devido aos aparatos de segurança, os quatro tripulantes mantiveram-se na superfície". No momento em que o helicóptero sobrevoou a área, os pescadores foram vistos boiando próximos ao ponto onde ocorreu o naufrágio.

A Colônia de Pesca de Natal afirma que, dos quatro tripulantes, dois seriam da capital potiguar e dois naturais de Caiçara, suposto destino da embarcação. Porém, também não houve a confirmação sobre os nomes dos demais tripulantes.

O capitão dos Portos lembra que nesse fim de semana foram registradas chuvas fortes e, por isso, as embarcações de menor porte devem evitar navegar neste período. Ele também chama a atenção para que as embarcações maiores prestem mais atenção sobre o estado dos cascos dos barcos, funcionamento da bomba de esgoto, sobre o equipamento de comunicação, equipamento de segurança (como coletes e boias), e a situação do motor.