A população potiguar deve começar a economizar água. O alerta é do secretário estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Gilberto Jales, que analisa como preocupante o volume de água dos reservatórios do Estado.
“Algumas regiões ainda têm certo conforto, como os reservatórios de Armando Ribeiro (Assu), Santa Cruz (Apodi) e Umari (Upanema). Nesses locais, as reservas devem fornecer água por mais um ano”, explica o secretário.
“No entanto, a situação de outras regiões é bem mais preocupante como Passagem de Traíras (Caicó) e Bonito (São Miguel). Nesses locais, a água deve abastecer somente por mais cinco meses, caso não haja chuva. Então nossa preocupação é com relação às chuvas do próximo ano. Precisamos começar o trabalho de economia de água”, afirma Gilberto Jales.
Segundo o secretário, o abastecimento de outros locais já entrou em colapso, já que os reservatórios secaram.
“Os reservatórios de Pilões e Tabuleiro Grande já secaram e precisamos adotar medidas alternativas como a perfuração de poços para o abastecimento das cidades. No entanto, não abastece da mesma forma. Então a população precisa racionar a água”, relata.
O secretário explica que nos locais onde a situação é mais preocupante será iniciado o trabalho de conscientização da população.
“Vamos realizar um trabalho com a Caern (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte) de forma a trabalhar com a população sobre a importância da economia de água. As pessoas vão precisar fazer escolhas: entre lavar o carro e beber água, é bem melhor a segunda opção”, comenta Gilberto Jales.
“Iremos pensar em soluções alternativas, mas estamos na esperança de chuvas para o próximo ano. Algumas medidas já começaram a ser tomadas como reduzir a liberação de água para a perenização dos rios, já que a prioridade é o abastecimento humano”, afirma o secretário.
Ainda segundo ele, a população deve ajudar na economia de água. “A situação é preocupante, mas a população é quem mais pode ajudar economizando água, principalmente nos locais onde a reserva já está em um nível crítico. Como esse ano não teve um período chuvoso bom, acabamos chegando ao final do ano com essa pequena reserva. Mas esperamos que o próximo ano seja bem melhor”, completa Gilberto Jales.
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